Renda fixa versus Renda variável, entenda as diferenças e programe-se para investir!
Ultimamente uma bandeira muito forte tem levantado discursos contra a renda fixa, nesse contexto muitos especialistas afirmam de forma contundente que a renda fixa tem tido rentabilidade menor ou muito próximo da inflação, afirmando que a única forma de conseguir uma remuneração vantajosa é através do investimento em renda variável quais sejam ações ou imóveis.
Esse discurso tem induzido muitas pessoas a retirarem suas rendas de investimentos feitos ao longo de anos em renda fixa, para alocarem em renda variável, imaginando que qualquer investimento que em tese seja classificado como renda variável venha a ser a solução para o problema de rentabilidade.
Contudo, com a queda repentina nos preços das ações no último mês, pode-se perceber claramente que a renda variável está aquém de ser o “salvador da pátria” em questões de rentabilidade.
Então como proceder?
Bom nós do Foco Finanças pensamos que o melhor a se fazer nesse cenário de incerteza, e isso vale para qualquer momento econômico e cenário, é entender as características de cada tipo de ativo financeiro, e procurar investir de forma que os seus investimentos sejam compatíveis com os seus propósitos de vida, sendo isso o básico.
Por exemplo, para ilustrar nossa ideia, vamos falar sobre os dois grandes grupos de investimentos existentes dentro do mercado financeira sendo a renda fixa e a renda variável, então vamos a elas;
Renda fixa
Há saber existem duas características que não devem ser desprezadas e sim enfatizadas na renda fixa, a primeira é que, por se tratar de um empréstimo de dinheiro, esta sempre terá um vencimento, ou seja, mais cedo ou mais tarde, o valor principal investido deverá retornar para o bolso daquele que investiu.
A segunda característica de igual importância a ser ressaltada é que seu rendimento, ou seja, faça chuva ou faça sol, a rentabilidade será a mesma, sem variação.
Observe que estas duas características definem que este tipo de investimento trará maiores vantagens para objetivos de curto e médio prazo, dessa forma a partir do momento que sabemos quanto e quando precisamos, dessa forma basta escolher um ativo que tenha vencimento no mesmo prazo que iremos utilizar o recurso e que o aporte somado a rentabilidade seja suficiente para alcançar os objetivo esperados, com o investimento.
Porem deve-se atentar que a renda fixa não é tão indicada para investimento de longo prazo, pois, investimentos de longo prazo não precisam ter vencimento, pois quanto mais tempo o capital ficar investido mais este renderá. E quando fica estagnada a rentabilidade de um investimento no longo prazo, acaba por perder a oportunidade de aproveitar momentos de melhora da economia em momento futuro.
Ainda como outra característica da renda fixa, que é um entrave para quem quer fazer investimentos de longo prazo, ou também acumular patrimônio, é que este tipo de investimento está alicerçado em uma promessa e não em uma realidade. Mas como assim? Por exemplo, quando você empresta dinheiro na renda fixa para alguém, você tem a promessa de que esse dinheiro vai ser devolvido em determinado tempo.
Já em contra partida, quando se compra a participação em uma empresa ou um imóvel na renda variável, você recebe um bem em troca, desta forma você já se torna dono de algo, considerado assim uma vantagem para muitos.
Por isso a renda fixa não é indicada para investimentos de longo prazo, para quem quer acumular patrimônio, pois é instável e nada confortável ter um patrimônio composto de promessas, que podem ou não serem honradas. Contudo, quando se adquire empresas e imóveis, há acumulá-los ao longo do tempo, formando assim um patrimônio diversificado em ativos reais como empresas e imóveis.
Renda Variável
A renda variável, por seu turno, mais especificamente, investimentos em ações e imóveis, são bons investimentos para longo prazo. Como já falamos anteriormente, trata-se de aquisições de bens e não de promessas, que serão seus já de inicio de forma definitiva e concreta, a exceção de venda ou eles quebrem com decretação de falência das empresas.
Embora, não sejam bons investimentos de curto ou médio prazo, uma vez que a remuneração depende do pagamento de aluguéis,ou distribuição de dividendos, por exemplo, e isso está muito junto a situação da economia, que é oscilante, hoje pode estar boa, mas amanhã pode não estar. E assim, investidores que usam esse tipo de investimento no curto ou médio prazo passam a correr o risco de não atingirem suas metas de investimentos em função de um momento ruim do mercado financeiro.
A grande nesse tipo de ativo é escolher um portfólio de investimentos, de forma que este cresça ao invés de diminuir. E o que acontece é que não existe uma fórmula mágica para isso, restando apenas estudar sobre o assunto e tentar analisar as empresas e imóveis como um verdadeiro investidor, alguém que se tornará sócio nos investimentos.
E quanto a rentabilidade?
Primeiro é bom saber que ela é variável, por exemplo, em 2011 a taxa Selic chegou a 12%, já em 2013 foi á 7,26%. Em 2016 estava em 14%, e hoje, 2020, está em 3,75%. E qual será a taxa Selic em 2025?
É difícil dizer com precisão, por isso devemos dar mais importância ao objetivo que temos para o investimento do que a sua rentabilidade, assim se mantermos uma rotina habitual de investimento mensal, investiremos não só quando a rentabilidade está baixa, investiremos também quando ela está alta, dessa forma teremos uma carteira com uma rentabilidade média do período.
Por fim a segunda coisa básica sobre rentabilidade é que “quanto maior o ganho, maior o risco” assim quem é muito ganancioso pode perder, pois corre muitos riscos, já quem entende as dinâmicas do mercado, em parte aquilo que colocamos aqui neste artigo, provavelmente terá uma rentabilidade próxima à média do mercado, como também tende a acumular patrimônio com o passar do tempo.
Grande abraço! Até a próxima.